segunda-feira, 2 de maio de 2011

Tentar!

Quando eu era pequena, minha mãe me ensinou o que era tentar.
Ela disse que para tudo que dá certo, antes é preciso tentar. E que é preciso tentar com força, com fé, com credibilidade. Acreditar no que se está tentando. E então eu tentei. E só eu sei o quanto eu quis, o quanto eu fiz por merecer, o quanto eu acreditei e o quanto doeu quando minhas chances desceram pela privada.
Só eu sei como é lutar sem chance alguma. Só eu sei o quanto é injusto deixar alguém acreditar que tem chances quando na verdade não tem. Só eu sei o quanto é nadar, nadar, nadar, e acabar morrendo na beira da praia. Só eu sei o quanto é competir sem ter lugar no pódio.
Só eu sei o que é ter a autoestima estraçalhada e ter que sorrir quando se escuta frases de conforto. Só eu sei o quanto quero fugir das frases de conforto. Só eu sei o que é tentar e não conseguir.
Mas o que a minha mãe não me ensinou é que quando se tenta, se acredita e se sonha, e depois tem que aprender a deixar tudo para trás, dói, dói e dói. Minha mãe não me ensinou a criar proteção para toda a dor das tentativas frustradas, e isso eu tive que aprender pelas minhas próprias pernas.

                                                                                

Nenhum comentário:

Postar um comentário